Natal com Jesus?

Não sei que razão te levou a clicar neste texto.
Talvez te ha sido atraído pelo título, simples curiosidade; talvez por estar se sentindo só; angustiado, esquecido, se sentindo abandonado, ou por ser o Natal,  todo ano a mesma coisa.
A mesa farta, os parentes vindo de longe, os telefonemas das pessoas mais próximas, as trocas de presentes, as falsidades dos parentes (ou não existe na sua família?).
Perdoe-me pela franqueza. Mas, a expressão “Natal” não existe na Bíblia Sagrada.
Permita-me aqui compartilhar com você amigo leitor, a verdadeira Boa Nova que jamais deve ser esquecida. Ótima leitura!

A DOR DE JESUS
Sou um cirurgião, e dou aulas à algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo.
Posso, portanto descrever sem presunção a respeito de morte, como a de Jesus.
Ele teve uma morte torturante, sua agonia começou antes no Getsêmani quando sua onisciência lhe revelara o que iria passar.
O suar sangue, “hematidrose”, é um fenômeno raríssimo, produzido em condições excepcionais.
Para provocá-lo é  necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angustia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus.
Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas. O sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo. Lucas (no Evangelho de Lucas) que era médico, foi o único a relatar o fenômeno.
Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico; o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Heródes.
Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferentes estaturas. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem, um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas.
Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.
Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça, os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo). Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado a multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz que pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já esta plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregulares cheios de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros, Jesus fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. Sobre o Calvário tem inicio a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida sabe que cada fio de tecido adere à carne viva. Ao tirarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Ha um risco de todo aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não e o fim. O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pedregulhos.
Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente.
O nervo mediano foi lesado, uma dor agudíssima se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticara fortemente como uma corda de violino sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrara despertando dores dilacerantes.
O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vitima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera.
As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Pregam-lhe os pés.
Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz.
Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, se curvam.
É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania quando os sintomas se generalizam. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianótico.
Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar. A fronte esta impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita.
Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.
Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça.
Cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável!
Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, de repente a temperatura diminui.
Logo serão três da tarde, completando três horas de torturas.
Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento: “Meu Deus, meu Deus” Jesus grita: “Tudo está consumado!”. Em seguida num grande brado diz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”.
E morre em meu lugar e no seu.

Dr. Barbet, médico francês

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